PRINCESAPB.COM

MAPAS

BIBLIOGRAFIA PLUVIOMETRIA ARQUIVO CONTATO

VIDEOTECA

RUAS PRINCESA

FOTOS SATÉLITE DADOS IBGE VISTAS HISTORIA

 

Princesa Isabel - PB, quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

 

Entrevista

MEDIAÇÃO MARCA INÍCIO DOS TRABALHOS NO CAMPUS PRINCESA ISABEL  

O diretor-geral do Campus Princesa Isabel, professor Marcos Ordonho, está imprimindo uma marca na administração daquela unidade do IFPB. Trata-se da figura do gestor como mediador do ensino técnico e tecnológico.

Ordonho disse que promoveu um mutirão com a comunidade visando organizar o campus para o início das aulas. A comunidade reagiu além das expectativas do gestor. Ele também ressalta apoio recebido da Prefeitura daquela cidade.

Outro relato do professor Ordonho mostra sua afinidade com as orientações da reitoria e com as lições aprendidas durante curso na Escola Nacional de Administração Pública.

Marcos Ordonho é servidor da instituição há 14 anos, oriundo do Campus Cajazeiras do IFPB. É mestre em Filosofia e tem formação nas licenciaturas em Pedagogia e Teologia.

Ascom: Vamos começar nossa entrevista falando sobre a chegada do IFPB em Princesa Isabel?

Ordonho: A cidade está localizada na microrregião da Serra do Teixeira, onde Princesa Isabel, apesar de ser uma cidade pequena com aproximadamente 16 mil habitantes, é o centro das atenções na região. A cidade polariza tradições comerciais como a feira, questões políticas e educacionais. A implantação do Campus gerou muita expectativa na região e hoje é avaliada pela comunidade como uma evolução intelectual magnífica, repercutindo na estrutura econômica e social da cidade. Estamos apenas começando, mas isso já é perceptível. A cidade nos acolheu com muita paixão.

Ascom: O senhor, na condição de diretor-geral do Campus, como reagiu diante desse clima favorável?

Ordonho: Desde o início estamos envolvendo a cidade no projeto de implantação do Campus de Princesa. Tenho exercido a função de mediador entre os interesses do IFPB e da comunidade. Tudo começou com a iniciativa da Prefeitura que doou o terreno para construção do Campus. Depois veio a cessão do local onde funcionam provisoriamente as salas de aula e administração. Recentemente, convocamos a comunidade em regime de mutirão para organizar a escola visando o início das aulas. Foi uma experiência incrível. Alunos, pais de alunos, membros da comunidade e outros segmentos nos ajudaram na limpeza, pintura e ornamentação do campus que está funcionando na Ordem Terceira de São Francisco, no centro da Cidade.

Ascom: Sobre a implantação do Campus Princesa Isabel, o que já foi feito na área administrativa?

Ordonho: Já conseguimos a designação do nosso diretor administrativo, Geraldo Toscano, e estamos preparando a instituição para assumir novas responsabilidades no campo da gestão administrativa. A Reitoria tem nos orientado sobre a descentralização de recursos e a autonomia administrativa do nosso campus. Vivenciamos uma fase de buscar conhecimento para servir melhor a comunidade. Outra providência tem sido a formação do nosso quadro de servidores, que vai cuidar da gestão de recursos com a preparação dos nossos empenhos e licitações. Com a chegada dos novos servidores repassaremos ao grupo aquilo que tem nos orientado a Reitoria e os instrutores da Escola Nacional de Administração Pública, por meio do Programa de Aperfeiçoamento de Dirigentes dos Institutos Federais.

Ascom: E na área Acadêmica?

Ordonho: Nesta área também já temos o diretor de Ensino, Francisco Pinheiro, que coordena e supervisiona os cursos técnicos subseqüentes em Edificações e em Manutenção e Suporte em Informática, e o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. O Corpo Discente tem cerca de 100 alunos e estamos com a possibilidade da entrada de mais 180 alunos, com a realização do processo seletivo para cursos técnicos em 10 de janeiro.

Ascom: Fale um pouco sobre a infra-estrutura do Campus Princesa Isabel?

Ordonho: O Campus funciona num espaço ainda limitado na Ordem Terceira de São Francisco, no centro da cidade. Mas foi o que conseguimos até agora. Com a entrada de mais alunos, precisamos de mais seis salas de aulas, que já estão sendo providenciadas em outras escolas da cidade. A estrutura é tímida, mas a comunidade e funcionários estão pacientes, pois sabem que essa condição é temporária, uma vez que a construção definitiva do nosso campus já avançou em 15%.

Ascom: Qual a previsão para entrega dessas obras?

Ordonho: Segundo orientação do fiscal da obra, o engenheiro Gilvan Porto, provavelmente em julho ou agosto deste ano a obra será concluída, em parte. Com a conclusão dessa primeira fase, orçada em 4 milhões e 800 mil reais, poderemos nos transferir para lá, liberando a sede provisória e aguardando a finalização da obra.

Ascom: Na área Pessoal, qual a situação do Campus Princesa Isabel?

Ordonho:  Esta semana o Instituto deve anunciar o novo concurso. Nós temos  esperança de receber de 18 a 20 professores e mais 20 técnicos administrativos para dar suporte e ajudar na funcionalidade da casa. Nossa luta é pela transparência dos serviços e atendimento das expectativas das demandas: acadêmica, administrativa e social. Precisamos de várias pessoas colaborando para que essas necessidades sejam supridas.

Ascom: Além da boa repercussão do IFPB na cidade, o que o senhor observa de mudança em Princesa Isabel e de que forma a instituição vai reforçar essas mudanças?

Ordonho: Observa-se que há uma nova mentalidade no campo da recepção e do atendimento. As pessoas na rua, no restaurante e no comércio em geral estão mais receptivas e acolhedoras. Vamos colaborar para esse fim. Essa é nossa tarefa social. Preparar profissionais de qualidade para suprir a própria região.

Ascom: A Reitoria tem correspondido com as necessidades do Campus Princesa Isabel?

Ordonho: A reitoria tem sido nossa aliada. O reitor João Batista tem sido nosso conselheiro. Ele acumula a experiência de ter administrado o Campus Cajazeiras na sua fase de implantação. A situação é análoga. Então ele sabe o que emergencial e necessário para o nosso Campus.

Princesa Isabel fica a 500 km de João Pessoa e a locomoção para ir e vir é difícil. Fui transferido do Campus Cajazeiras direto para o Campus Princesa Isabel, não tinha muito conhecimento e familiaridade com o pessoal de João Pessoa. Aos poucos fui me aproximando da Reitoria e de outros setores estratégicos do instituto, criando mais oportunidades. Então hoje há uma preocupação maior na destinação de recursos, materiais, automóveis e tudo aquilo que colabora para o bom funcionamento do Campus Princesa Isabel.

Ascom: Quais são as novidades do campus para 2010?

Ordonho: A partir do momento em que acontecer o concurso público e os selecionados forem contratados, vamos ter mais oportunidades de caminhar na cidade, de desenvolver trabalhos de extensão, cursos destinados à comunidade, não apenas para pessoas que estão matriculadas no campus. A tarefa da instituição não é apenas ensinar conteúdos da educação profissionalizante para quem está matriculado, mas também para empreender pesquisa e oferecer extensão às pessoas que não tiveram oportunidade de ingressar na escola. Já estamos colhendo informações na cidade sobre cursos que a comunidade deseja que seja oferecido em nosso campus. Temos um elenco de ações nas áreas técnicas e de tecnologia.

Ascom: Pode citar algum exemplo?

Ordonho: Muitos prédios da cidade são tombados pelo patrimônio histórico e estão abandonados. Então, como poderemos orientar a cidade para essa questão? Oferecendo cursos de extensão e até mesmo o nosso curso de Edificações. Estamos firmando parcerias, principalmente com a Granja Cascavel, que é a segunda maior produtora de ovos da Paraíba, doando bandejas de ovos para a merenda escolar. O mesmo acontece com padarias da região. Isso também favorece a chegada do IFPB na microrregião da Serra do Teixeira. Dentro dessa região, não há outra instituição de ensino superior. Com essa nova tarefa de oferecer ensino tecnológico, somos a primeira instituição a oportunizar esse ensino aos jovens da região, que estavam com carência intelectual e de formação de conteúdos profissionalizantes, ingressando na instituição através do Enem, além daqueles que podem fazer cursos técnicos subseqüentes no turno da noite. Em curto prazo, vamos oferecer licenciatura em Matemática e estamos construindo uma idéia inicial para o curso de Turismo Rural, que é uma demanda na região, a exemplo de Quilombola, a Caminhada de Lampião, a Batalha de Zé Pereira contra o bando de Lampião.

Ascom: Para finalizar. O senhor gostaria de acrescentar algo?

Ordonho: Aceitabilidade do IFPB na cidade é excelente. A prefeitura tem sido nossa parceira com a doação do terreno e ajuda na reforma da Ordem Terceira de São Francisco, onde funciona provisoriamente o nosso Campus.  Mas todos sabem que a região vive um conflito político permanente e muito acirrado, o que às vezes nos traz alguns problemas. Grupos políticos declaram que levaram a instituição para a cidade, alegando ser o “pai da criança”. Mas a instituição não foi implantada na cidade por nenhum grupo político. O campus foi criado através de um processo que surgiu há muitos anos. Oferecemos um serviço público federal de qualidade, onde todo mundo tem o direito de entrar através de processo seletivo, seja ele da esquerda, da direita, não interessa. A presença do IFPB na cidade é fundamental para que os jovens possam ter um processo político mais transparente, menos nebuloso e mais lúcido acerca do seu posicionamento político na cidade e em sua vida profissional.

Fonte: Portal IFPB, 26/01/10

 

 
Imprimir
   
 

VOLTAR

PRINCESAPB.COM

MAPAS

BIBLIOGRAFIA PLUVIOMETRIA ARQUIVO CONTATO

VIDEOTECA

RUAS PRINCESA

FOTOS SATÉLITE DADOS IBGE VISTAS MURAL

© 1997-2010 Princesapb.com - Todos os direitos reservados