NOTÍCIA

 

João Pessoa - PB, terça-feira, 15 de março de 2005

 

Prêmio Câmara Cascudo de Prosa

Aldo Lopes: delegado, advogado e escritor.

O escritor e delegado Aldo Lopes, natural de Princesa Isabel, recebeu, nesta segunda-feira (14 de março), o Prêmio Câmara Cascudo de Prosa, em Natal - RN. A obra vencedora, "O dia dos cachorros", concorreu com outros 24 trabalhos inscritos.

O autor foi contemplado com cerca de R$ 3.000,00, porém, destacou que "a questão não é o valor em dinheiro que vou receber, mas o próprio prêmio que é um marco, um nome que vai ficar atrelado ao meu livro. Quando for lançado, vou colocar uma tarja preta com o nome Prêmio Câmara Cascudo’’.

A solenidade de entrega aconteceu na Capitania das Artes, às 9 horas. Nela estiveram presentes artistas, autoridades e convidados.

(Mardson Medeiros, com informações do Diário de Natal)

 

EM PROFUNDIDADE

Abaixo, segue matéria divulgada no Diário de Natal.

 

Entre a realidade e a criação literária

Com uma atividade profissional que envolve situações de violência e convívio com as mais variadas personalidades, o delegado Aldo Lopes de Araújo consegue encontrar ligação entre seus afazeres à frente da Delegacia de Plantão da Zona Sul e a Literatura. Das características das pessoas que passam pela delegacia ele retira elementos para escrever seus livros e da literatura ele retira a sensibilidade para enfrentar os problemas da profissão. Na próxima segunda-feira o delegado irá receber o prêmio Câmara Cascudo de Prosa, promovido pela Capitania das Artes, durante as comemorações em torno do Dia da Poesia, a partir das 8h.

Paraibano de nascimento, há seis anos morando em Natal, ele ganhou o prêmio com o romance "O dia dos cachorros", obra que concorreu com outros 24 trabalhos inscritos. O seu livro, baseado em fatos, tem como pano de fundo a Guerra de Princesa, conflito ocorrido no período de 1920 a 1930, entre um chefe político e o governador. A guerra se passa na cidade paraibana conhecida como Princesa. O delegado utiliza esse fato histórico para contar a história de Calu, uma mulher que enfrenta diversos desafios em sua vida.

‘‘Me senti muito gratificado com o prêmio. A questão não é o valor em dinheiro que vou receber, mas o próprio prêmio que é um marco, um nome que vai ficar atrelado ao meu livro. Quando for lançado vou colocar uma tarja preta com o nome Prêmio Câmara Cascudo’’, orgulha-se. Este não foi o primeiro prêmio que ganhou. Escritor desde a infância ele recebeu o Prêmio Novos Autores pelo livro de contos "Solidão, nunca mais" (1996). Ficou ainda em segundo lugar no Concurso Jurandy Moura de Contos e o seu conto, intitulado "Arquivo" - presente na antologia "O Autor Paraibano na Escola", foi utilizado no vestibular da UEPB.

Lopes ainda escreveu "Lavoura de olhares e outros contos" (1988) e "As estátuas de sal" (2000). Além de delegado ele também já foi editor do caderno de cultura do jornal O Norte (PB), editor do segundo caderno do Correio da Paraíba e editor do Correio das Artes, suplemento literário do jornal União.

(Diário de Natal, 12/03/05)

CONHECENDO O ARTISTA

Leia o conto "Solidão, nunca mais", de Aldo Lopes, clicando aqui.

 

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